Numa das provas mais duras do ano, Ricardo Teodósio e o navegador José Teixeira conseguiram novo resultado importante na luta pelo título nacional, garantindo o 3.º lugar no evento do Campeonato de Portugal de Ralis. Problema na caixa de velocidades no derradeiro troço da manhã de sábado impediu a dupla algarvia de terminar no 2.º posto.
Ricardo Teodósio e José Teixeira cumpriram o objetivo a que se tinham proposto para o Vodafone Rali de Portugal, garantindo o seu quarto pódio em quatro provas no CPR. A dupla do Skoda Fabia R5 sabia que esta era a prova mais dura do ano, fruto da degradação dos troços pela passagem dos WRC, apostando numa estratégia cautelosa nas zonas mais difíceis do percurso. À entrada para a derradeira especial pontuável para o CPR, a primeira passagem pelos 37,6 kms de Amarante (PE10), o popular piloto da Guia estava no 2.º lugar entre os portugueses, vindo, no entanto, a ser traído pela caixa de velocidades, que ficou encravada na 4.ª velocidade, obrigando-o a descer ao 3.º lugar do CPR.
“Já sabíamos que esta prova iria ser duríssima e imprevisível. Foi por isso que estabelecemos o pódio como grande objetivo, o que felizmente conseguimos. Foi preciso ter ‘cabeça’ e evitar as zonas mais degradadas para não furar ou ter problemas. Tentámos atacar um pouco mais na primeira especial de sábado, em Vieira do Minho, até vínhamos a ganhar tempo mas apanhámos o pó de um concorrente que tinha dado um toque à nossa frente. A partir daí, decidimos não arriscar mais. Em Amarante, a caixa ficou encravada em 4.ª e foi mesmo muito difícil fazer o resto do troço e depois completar toda a ligação até ao parque fechado. Mas valeu a pena todo o sacrifício porque este é um pódio muito importante para as contas do campeonato”, afirmou Ricardo Teodósio, que em quatro provas acumula já vitórias em Fafe e Mortágua, e mais dois pódios (3.º lugar) nos Açores e no Rali de Portugal, tendo aumentado a sua vantagem no topo do CPR.
José Teixeira também confirmou que “as contas do campeonato foram sempre a nossa prioridade e no final do troço de Vieira do Minho decidimos que era importante manter o 2.º lugar. Foi pena o problema na caixa de velocidades, mas o Rali de Portugal é mesmo assim e acredito que não foi uma prova fácil para ninguém. Agora vamos tentar descansar um pouco e começar a pensar na fase de asfalto, que começa em Castelo Branco”, referiu o navegador algarvio.
O Rali de Castelo Branco, organizado pela Escuderia Castelo Branco, será disputado nos dias 22 e 23 de junho, dando início à fase de asfalto do Campeonato de Portugal de Ralis.