A estreia absoluta de António Dias no Vodafone Rali de Portugal foi mais curta do que o piloto natural de Lousada esperava. A quebra de um braço de suspensão levou o Skoda Fabia R5 a entrar demasiado tarde no reagrupamento a meio da etapa de sexta-feira mas António Dias já tinha passado por um momento memorável na Super Especial de abertura do rali…
António Dias e o navegador Daniel Pereira têm sido uma das duplas revelação da edição de 2018 do Campeonato de Portugal de Ralis, onde são estreantes absolutos com um veículo da categoria R5. No Vodafone Rali de Portugal, o piloto natural de Lousada voltou a dar boas indicações enquanto teve o carro em perfeitas condições, abrindo a prova com o sexto tempo absoluto do CPR na mítica Super Especial disputada na pista da Costilha. Na sexta-feira de manhã, um braço de suspensão cedeu logo na PEC2 (Viana do Castelo 1) obrigando António Dias a perder mais de 1m30s para o mais rápido e a ter de encontrar uma solução de recurso para reparar a suspensão no final do troço.
Mesmo com o carro desalinhado, António Dias conseguiu o 3º e o 4º melhores tempos do CPR nas duas classificativas seguintes, Caminha 1 e Ponte de Lima 1, mas chegou demasiado tarde ao reagrupamento antes da secção da tarde, sendo obrigado a abandonar apesar de ter material para recuperar o Skoda.
“Foi um final inglório num rali inesquecível para mim”, referiu já no parque de assistência na Exponor. “Nasci a 1,5 kms da pista de Lousada e fazer aquela Super Especial, naquela pista e com aquele público… foi um momento emocionante e que quase não consigo descrever. Tinha o sonho de fazer o Rali de Portugal desde os meus 16 anos e a paixão pelo desporto automóvel nasceu ali. Infelizmente, na primeira especial de sexta-feira havia uma enorme pedra na linha de trajetória que partiu um braço de suspensão. Apesar de termos perdido muito tempo à procura de uma solução, conseguimos reparar a peça minimamente e fizemos tempos entre os primeiros com o carro desalinhado. Naturalmente não conseguimos chegar ao controlo de entrada do reagrupamento dentro do tempo permitido, mas são as regras. No fundo, é algo frustrante porque tínhamos andamento para lutar pelo pódio absoluto do CPR. Ainda assim, levo daqui recordações inesquecíveis”, concluiu António Dias, que agora vai também descobrir os ralis de asfalto ao volante do Fabia R5.
A quinta prova do Campeonato de Portugal de Ralis será o tradicional Rali Vidreiro – Centro de Portugal, disputado na região da Marinha Grande, a 8 e 9 de junho.