Adruzilo Lopes e Carlos Lisboa não chegaram a aquecer

O novo projeto de Adruzilo Lopes no Campeonato Nacional RGT continua firme e o piloto já pensa no Rali Vidreiro, a próxima prova do calendário. A estreia nas estradas algarvias de Monchique mal deu para aquecer, mas valeu por um muito curto contacto com o Porsche 997 GT3, com uma dupla passagem pelo troço da Picota, e uma arreliadora presença na Super Especial de Monchique.

A nova equipa “All Race” confiada aos cuidados técnicos dos espanhóis da Ivan Arés, está otimista em relação ao futuro, embora penalizada e impedida de pontuar na prova algarvia, a primeira desta nova iniciativa de Adruzilo Lopes e Luís Lisboa.

Faltas de informação por parte da organização, que na altura da entrada no Parque de Partida (mal concebido para o evento), não forneceu às equipas as respetivas horas de partida para a Super Especial, nem foram afixadas no momento, apenas às 20h30, menos de uma hora antes da partida, levou diversas equipas a falhar a sua hora correta de partida para uma especial mal concebida e arquitetada.

Adruzilo Lopes e Luís Lisboa não chegaram a aquecer, neste primeiro contacto com o Porsche 997 GT3.

Foi um rali interessante com uma Super Especial complicada, que marcou o destino da nossa prova. Houve pouca informação por parte da organização. As principais equipas inscritas foram induzidas em erro devido a essa falta de informação”, desabafou o regressado Luís Lisboa, que acrescentou: “Dissemos não ao Rali2 (Super Rali) por solidariedade com os pilotos da Taça FPAK de Ralis, que foram igualmente penalizados. Estive 13 anos fora das corridas e continua a não haver bom senso”, concluiu Luís Lisboa.

Para Adruzilo Lopes, os regulamentos são para ser aplicados. Naturalmente aborrecido com o sucedido, o piloto prefere pensar naquilo que evoluiu na condução do Porsche 997 GT3.

Foi um rali interessante que terminou demasiado cedo, mas estávamos na frente dos RGT. Em termos gerais ocupávamos o 2º lugar após a Super Especial. Foi pena, pois hoje poderia ser entusiasmante para continuar a aprendizagem do carro. Agora vamos ter de fazer um teste antes do Vidreiro, para tentar colocar o carro nas melhores condições. Penso que o Porsche tem um forte potencial, pois mostrou-se muito competitivo, tanto nos curtos testes que realizei, como nos dois troços disputados em Monchique. No entanto, é preciso evoluir um pouco mais”, afirmou Adruzilo Lopes.

O Rali de Monchique ficou privado de oito equipas essenciais para o espetáculo. Umas foram simplesmente excluídas, outras impedidas de lutar pelos lugares de topo. Perdeu o público e perdeu-se a emotividade de um evento que levou àquela região algarvia um número de público considerável.

A equipa “All Race” estará presente no Rali Vidreiro na Marinha Grande a 24 e 25 de junho, com Adruzilo Lopes aos comandos do Porsche 997, mas com outro navegador, uma vez que Luís Lisboa estará fora do país com outros compromissos desportivos. Esta dupla memorável estará no entanto junta nas outras provas do calendário de 2016.