BRUNO MAGALHÃES CONTINUA EM 2º LUGAR NO EUROPEU

A prova checa, a 6ª pontuável para o Campeonato da Europa de Ralis de 2018, esteve longe de ser um rali bem conseguido para a equipa de Aguiar da Beira. Apesar de todos os esforços feitos ao longo dos três dias de competição, os pisos de asfalto extremamente irregulares, agravados pela chuva que teimou em aparecer, dificultaram a tarefa não só a Bruno Magalhães e Hugo Magalhães os vice-campeões da Europa de Ralis, como também a Aloísio Monteiro e Sancho Eiró, em estreia na República Checa e à dupla espanhola Emma Falcón e Eduardo Gonzaléz, que abandonaram já no final da prova.

Num rali que favorece quem conhece ao pormenor o piso e as armadilhas da prova, foi sempre muito difícil encontrar as afinações ideais para o Skpoda Fabia R5.

Este é um rali demasiado específico, que requer um carro adaptado para uma prova com características tão exigentes. Se as dificuldades surgiram logo no princípio da prova, com a chuva tudo piorou. Foi uma autêntica lotaria de decisões, e andámos sempre ao lado das apostas certas, em termos de afinações e na escolha de pneus. Num terreno como este, os pilotos locais são fortíssimos, e a forma como eles preparam o rali é essencial para um bom resultado.  Foi bom ter chegado ao fim da prova sem problemas e, apesar de tudo, continuamos em 2º lugar no ERC. Fico grato por todo o apoio que tive dos meus patrocinadores, mas não sei se estraei presente nas duas últimas provas do ano”, disse Bruno Magalhães depois do 9º lugar conquistado no Rali Barum.

Em estreia absoluta na República Checa, Aloísio Monteiro foi surpreendido por um problema técnico no Skoda na penúltima especial do rali, sendo obrigado a abandonar.

Penso que foi um problema elétrico relacionado com a bomba de gasolina. O carro começou a falhar no penúltimo troço, e já não entrámos para o último. Esta é uma prova extremamente difícil, com o asfalto muito sujo e irregular.  Com a chegada da chuva, ficou tudo coberto de lama, e as coisas tornaram-se ainda mais complicadas. A experiência e o conhecimento do terreno são fatores fundamentais para fazer um bom rali”, declarou Aloísio Monteiro, que pensa conseguir estar presente no Rali da Polónia entre 21 e 23 de setembro.

As dificuldades também acompanharam Emma Falcón nesta etapa do ERC. Primeiro foram os problemas na caixa de velocidades do Citroen DS3 R3 e mesmo a terminar, uma saída de estrada no derradeiro troço da prova obrigaram a equipa a abandonar.

O piso estava extraordinariamente escorregadio. Com a chegada da chuva a lama foi uma constante e tudo se tornou demasiado complicado. Depois de ter tido problemas constantes com a caixa de velocidades do carro, foi uma pena ter saído de estrada mesmo no último troço do rali”, disse Emma Falcón, que não estará presente na Polónia em setembro, marcando encontro com o ERC 2018 na última prova do campeonato, agendada para a Letónia entre 12 e 14 de outubro.

Para a ARC Sport o Rali Barum esteve longe de ser uma prova positiva para os seus pilotos. No entanto, a equipa de Aguiar da Beira sublinhou, como é seu hábito, o mesmo elevado grau de profissionalismo.

Este foi na verdade um rali extremamente difícil, agravado pelas condições atmosféricas, que o tornaram ainda mais complicado. Recheado de grandes pilotos, alguns com experiência de mundial, esta é uma prova que requer um conhecimento meticuloso do traçado. O Bruno lutou bastante ao longo de toda a prova e lamento os azares do Aloísio e da Emma, mesmo na reta final do rali. Em relação aos elementos de toda a equipa, deixo os meus sinceros parabéns pelo trabalho efetuado”, disse Augusto Ramiro.