Ricardo Moura e António Costa conferiram um ritmo espantoso ao Ford Fiesta R5 na prova de abertura do Campeonato Nacional de Ralis. Nos carismáticos troços de Fafe, Ricardo Moura não deu qualquer hipótese à concorrência, mantendo uma vantagem assinalável até ao momento em que foi obrigado a abandonar antes de entrar para a 10ª especial de classificação, a segunda passagem por Luílhas, devido a uma rótula partida na suspensão direita do Ford Fiesta.
É a terceira vez que Ricardo Moura abandona em Fafe na condição de líder da prova (2014; 2016 e 2017), depois da vitória em 2015. Desta vez o piloto açoriano era líder desde o primeiro troço, tendo registado sete vitórias em especiais de classificação, numa altura em que faltavam apenas três troços para terminar o rali e contava com 42,3 segundos de vantagem. Mais um azar por terras minhotas.
“Fomos sempre muito rápidos e competitivos e aumentámos constantemente a nossa distância para os principais adversários. Provámos que estamos cada vez melhor preparados, fruto de um trabalho constante com a ARC Sport. Evoluímos muito desde o ano passado, tendo efetuado em Fafe todo o traçado sem hesitações, com saltos impecáveis, enfim, tudo limpinho… Uma coisa é certa, o carro está excelente. Não vencemos, mas penso que conseguimos dar um ótimo retorno aos Açores e aos nossos patrocinadores. Liderámos de forma inquestionável desde o primeiro troço”, disse Ricardo Moura.
Joaquim Alves e Luís Ramalho também se podem queixar da sorte nesta prova inaugural do campeonato. Um princípio de incêndio na 4ª especial de classificação, a segunda passagem pelo Confurco, acabou demasiado cedo com as expectativas da equipa. Um azar que acabou por não ter contornos mais graves.
“O rali acabou muito cedo para nós. Esta foi uma participação muito limitada, por isso não podemos tirar muitas conclusões em relação às nossas evoluções. No meio do azar que tivemos, contámos com alguma sorte, pois não existiram grandes danos. A próxima etapa será nos Açores”, disse Joaquim Alves.
Para toda a equipa da ARC Sport, este era um desfecho improvável, após um trabalho incansável para que tudo corresse da melhor forma no início do campeonato.
“Não era assim que queríamos começar a época. Depois de algum tempo de preparação, com a moral dos pilotos em alta, estava longe de pensar numa situação destas. Mais uma vez o Ricardo Moura acabou por não ter sorte em Fafe, quando liderava o rali, agora com margem confortável. A sorte também não acompanhou o Joaquim Alves, que não conseguiu conferir as suas evoluções. Ficou pelo menos provado que os dois carros estão competitivos, como mostram os resultados obtidos até às desistências. Apesar de ser um rali que todos gostam, a organização deveria repensar o figurino da prova, uma vez que não faz sentido fazer seis troços sem ter assistência. Os meus parabéns às duas equipas, esperando que na próxima prova a sorte nos acompanhe”, afirmou Augusto Ramiro.